Você provavelmente deve ter ouvido falar sobre o metaverso nos últimos meses.
Quando o Facebook mudou de nome para Meta, em 2021, ressurgiu também o termo “metaverso”, que chamou atenção de amantes da tecnologia, mas, principalmente, de empresas ao redor do mundo, que acreditam que este mundo virtual será a nova sensação da internet e, claro, onde o dinheiro estará concentrado no futuro.
A seguir, explicamos melhor o que é o metaverso e os impactos para empresas e seus clientes.
O que é o metaverso?
Metaverso não é um termo recente. Ele foi cunhado em 1992, pelo escritor Neal Stephenson em seu livro de ficção científica “Snow Crash”.
A obra conta a história de “Hiro Protagonist”, personagem que é um entregador de pizza na vida real, mas no mundo virtual (chamado de metaverso) é um samurai.
O escritor Ernest Cline, em 2011, também tratou deste tema em seu livro “Ready Player One” (Jogador Número 1 no Brasil)”. Em 2018 o livro foi adaptado e virou filme, dirigido por Steven Spielberg.
Nesta obra os personagens vivem em um mundo distópico e futurista e, para fugir da realidade, passam horas em um simulador virtual chamado OASIS.
Em 2021, o Facebook mudou seu nome para Meta, mirando no desenvolvimento desse novo “mundo”.
O fundador e presidente da companhia, Mark Zuckerberg, disse que a mudança se deve ao novo posicionamento do grupo:
“Hoje somos vistos como uma empresa de mídia social, mas em nosso DNA somos uma empresa que constrói tecnologia para conectar pessoas, e o metaverso é a próxima fronteira, assim como a rede social foi quando começamos”.
Hoje, podemos definir o metaverso como uma nova camada da realidade que integrará o mundo real e o virtual, de forma imersiva e por meio de diversas tecnologias: redes sociais, realidade aumentada, realidade virtual e hologramas.
Metaverso será a evolução da internet
Como é a internet hoje em dia? Temos principalmente sites e redes sociais.
Sites são como casas e estabelecimentos que existem na internet e possuem um endereço. É lá que vamos para ver coisas novas, encontrar produtos, aprender algo, etc.
E as redes sociais são onde encontramos amigos, conversamos, desenvolvemos nosso lado social.
Hoje, fazemos isso por meio de smartphones e computadores.
Especialistas dizem que, no futuro próximo haverá o metaverso.
Neste novo mundo, os sites darão lugar a representações 3D. Ao invés de acessar o site da Nike para comprar um tênis, você poderá acessar a Nikeland, um mundo virtual dentro do jogo Roblox, onde é possível andar pela loja, mas também praticar esportes, conhecer outras pessoas e fazer muito mais do que você imagina.
E, em breve, não faremos mais isso através de smartphones e computadores, mas através de equipamentos de imersão, como um óculos de realidade virtual, que nos transportará para dentro destes mundos 3D.
Oportunidades no metaverso para empresas
Especialistas da Bloomberg Intelligence estimam que este mercado deve chegar a US$ 800 bilhões até 2024. Já a gestora Grayscale é mais otimista e prevê que este mercado tem potencial para gerar US$ 1 trilhão de receita anual, puxado principalmente pelos games do metaverso e por eventos realizados nessa nova “realidade”.
Diversos exemplos já surgem e demonstram as possibilidades que as empresas poderão explorar em breve.
Publicidade
Em alguns mundos virtuais as pessoas estão comprando espaços, criando outdoors e alugando para que outros usuários possam fazer algum tipo de anúncio dentro da plataforma.
Cassino
Algumas plataformas de metaverso possuem cassinos, onde os jogadores podem apostar em jogos de azar e ganhar (ou perder) algumas criptomoedas.
Música
A cantora Ariana Grande já fez um show virtual dentro do game Fortnite. Em breve, mais artistas poderão fazer shows dentro destes ambientes virtuais.
Educação
Algumas empresas já planejam tornar a educação mais imersiva, através de aulas dentro do metaverso.
Em cursos como medicina, por exemplo, seria possível estudar o corpo humano com hologramas tridimensionais.
Empresas precisam estar atentas ao metaverso
Claro que o metaverso não é algo que estará disponível em curto prazo.
O próprio Mark Zuckerberg estima que isto é algo para daqui 5 ou 10 anos, dependendo principalmente dos avanços das tecnologias de realidade virtual, realidade aumentada e do 5G.
No entanto, é importante que as empresas fiquem atentas ao que acontece, as novidades e oportunidades que surgem neste “novo mundo”, para que possam sair na frente e encontrar novas formas de se conectar com os clientes.