As redes móveis revolucionaram a vida humana, não há como negar! Através dos celulares foi possível se conectar facilmente com pessoas em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora.
Com a evolução da tecnologia, foi possível também usar os celulares para trocar mensagens, fotos, realizar chamadas de vídeo, usar aplicativos, acessar a internet e muito mais.
Tudo isso só aconteceu por conta da evolução das redes de telefonia móvel, que hoje se encontram em sua 5ª geração (5G).
A seguir, você entenderá melhor como aconteceu a evolução do 1G até o atual 5G e como elas foram importantes para o progresso da nossa sociedade.
Como funcionam as redes de telefonia móvel
As redes móveis funcionam através de radiofrequências que se comunicam com o celular. Cada área geográfica é dividida por células e cada uma destas apresenta uma estação de rádio base, que é formada por antenas com receptores e emissores de sinais ligados a uma central telefônica.
Cada célula suporta uma quantidade limitada de conexões, mas o avanço das tecnologias foi permitindo, aos poucos, que cada vez mais usuários pudessem estar conectados por quilômetro quadrado. Atualmente, com as redes 5G, é possível ter até 1 milhão de conexões.
A evolução do 1G ao 5G
O primeiro telefone móvel foi inventado pelo engenheiro da Motorola, chamado Martin Cooper, durante a década de 1970.
Ele foi inicialmente desenvolvido para uso em um carro e seu primeiro protótipo foi testado em 1974. Surgia, a partir daí o 1G e a tecnologia que revolucionou a humanidade.
1G
A primeira geração das conexões móveis surgiu nos anos 1980, com o simples objetivo de possibilitar ligações de voz entre aparelhos sem fio.
No entanto, com a baixa capacidade de tráfego e alto custo, não houve em um primeiro momento uma grande popularização da tecnologia.
Por isso, também não houve uma padronização dos sinais, ou seja, a Europa tinha diversos padrões diferentes:
- Total Access Communication System (TACS — sistema de comunicação de acesso total), para o Reino Unido, a Áustria, a Espanha, a Irlanda e a Itália;
- o NMT450, para a Suécia, a Noruega, a Finlândia e a Dinamarca;
- a Radiocom2000, para a França;
- Advanced Mobile Phone System (AMPS — sistema avançado de telefonia móvel) adotado, primeiramente, nos Estados Unidos, tendo sido desenvolvido pela Bell Labs e Motorola, depois sendo adotado por países da América, entre eles o Brasil.
Nesta época os celulares pesavam em torno de 1kg e, geralmente, ficavam atrelados a um carro. Além disso, sofriam constantemente com interferências.
2G
A partir da década de 90 os celulares começaram a deixar a tecnologia analógica e passaram a utilizar tecnologia digital. O canal de voz foi adaptado para transferência de bits de dados.
Os EUA, então, criaram os padrões IS-54, IS-136 e IS-95, para aumentar a capacidade de tráfego. Enquanto isso a Europa unificou os padrões criando o Global System for Mobile (GSM — sistema global para celular).
Foi criado também o SMS (Short Messaging Service), que permitia a troca de mensagens de texto entre celulares.
Durante este período, outras duas tecnologias importantes surgiram:
- GRPS: O General Packet Radio Service (GRPS — padrão de transmissão de rádio por pacote) permitia uma velocidade de transferência de dados de 32 até 80 Kbps. Ficou conhecido como o 2,5G.
- EDGE: O Enhanced Data Rates for GSM Evolution (EDGE — transferência de dados melhorada para a evolução do GSM) ampliou a velocidade da conexão, que poderia chegar a 384 Kbps. No entando, a latência ainda continuava alta. Isso permitiu mais qualidade nas chamadas de voz, rapidez na troca de sms, e uma navagação na internet, porém, ainda muito lenta.
3G
No final da primeira década dos anos 2000, as redes 3G foram a grande revolução, que permitem que hoje a gente acesse a internet e faça praticamente tudo através do celular.
O Universal Mobile Telecommunications System (UMTS — sistema móvel de telecomunicações universais) foi a primeira tecnologia que surgiu nesta 3ª geração de internet móvel.
A sua implementação foi baseada no Wideband Code Division Multiple Access (W-CDMA — acesso múltiplo por divisão de código em banda larga), um padrão de radiofrequência que possibilitou conexões de até 2 Mbps para download e upload.
A partir disso, foi possível realizar videochamadas, acessar internet, asssitir TV e streamings ao vivo, etc.
4G
Surgida em 2010 e também conhecida como Long Term Evolution (LTE — evolução a longo prazo), o 4G é um dos padrões mais avançados do mercado atualmente.
Diferente das gerações de redes móveis anteriores, o LTE prioriza tráfego de dados em vez de tráfego de voz, o que torna o 4G mais rápido e estável.
A velocidade pode chegar a 300 Mbps de download e 75 Mbps de upload.
O 4G permitiu o avanço de diversas áreas relacionadas às conexões mobile, como a indústria dos games, os serviços de streaming e o cloud computing.
5G
A próxima evolução desta tecnologia está acontecendo agora e começa a ser implantada em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil.
O objetivo do 5G é expandir a rede de conexão móvel para o máximo de dispositivos possíveis: carros, eletrodomésticos, telemedicina, agricultura, educação e nas demais áreas da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things).
A rede 5G utilizará um espectro de onda maior do que as gerações de internet móvel anteriores, ocupando as frequências entre 600 MHz e 700 MHz, 26 GHz e 28 GHz, 38 GHz e 42 GHz.
Estima-se que a transferência de dados do 5G estará acima dos 10 Gbps. Mas claro, isso depende de uma nova estrutura para suportar a entrega desse serviço pelas operadoras. E ainda, os aparelhos de celular tem que estar aptos para usar tal tecnologia. Em termos de comparação, a rede 4G baixa um filme HD com duração de 1 hora em cerca de 6 horas. Já na internet 5G, um filme de mesma duração é baixado em 6 segundos, se disponibilizada toda a capacidade citada acima.
Essa evolução permitirá uma conectividade ainda maior entre diversos aparelhos, permitindo que, literalmente, o mundo inteiro esteja conectado.
É importante estar atento e preparado para poder sair na frente!